Outubro transformou-se para nós num mês de muitas saudades. Perdemos o jornalista e advogado Mauricio Azedo, um dos maiores defensores da liberdade de expressão e anjo da guarda dos jornalistas brasileiros. Dois anos que perdemos o comentarista esportivo Luis Mendes, uma das melhores almas do jornalismo esportivo do Brasil. Já estamos com muitas saudades do poeta e compositor Paulinho Tapajós. Pois neste mês de outubro estamos lembrando que se vivo fosse, o grande e inesquecível Mané Garrincha completaria 80 anos.
Nossa saudade aumenta quando lembramos que ficamos sem o talento e a simplicidade do ator Cláudio Cavalcanti. É bom, num momento desses, plagiar o grande poeta mineiro Ataulfo Alves, que escreveu em uma de suas famosas letras musicais: Morre o homem, fica a fama.
Fluminense e Vasco da Gama estão descendo a ladeira para a 2ª divisão do futebol brasileiro. O Vasco teimou em participar de um campeonato difícil como o Brasileirão e não pensou na contratação de um grande goleiro. O Fluminense se perdeu em brigas na sua diretoria e decepcionou até agora a sua grande torcida. Será que ainda há tempo de Wanderley Luxemburgo e Dorival Júnior recuperar o tempo perdido?
Os estádios padrão FIFA que consumiram milhões e milhões de reais, estão abaixo da crítica. O Maracanã com vazamentos nos vestiários e falta de tudo e o Mané Garrincha nas mesmas condições. O engraçado é que todo mundo vê o superfaturamento e até o momento ninguém foi preso. Eita país...
Aqui, como lá, é tudo a mesma coisa. Vocês se lembram quando o presidente Lula disse que não sabia do Mensalão? Pois é, agora o presidente Obama, mais apertado do que eixo de carro de boi, disse que não sabia que os celulares da presidente Dilma e da primeira-ministra Angela Merkel, da Alemanha estavam sendo grampeados. Ou o presidente Obama está de sacanagem ou acha que somos bobos e que acreditamos em suas explicações. O americano sempre esteve metido em nosso país, nos atrapalhando e ajudando muito pouco. Quem não se lembra de 1964, quando o embaixador Lincoln Gordon foi figura nefasta na revolução e na derrubada do presidente João Goulart. Para conviver com os yankees, é preciso que o brasileiro fique de olhos bem abertos. Todo cuidado é pouco. Olho neles.

Será que vamos reviver o ditado de que tudo no Brasil acaba em pizza? Há muitos anos que o STF está para julgar o mensalinho de Minas Gerais e até hoje o deputado Eduardo Azeredo continua em liberdade. Eita país....

TE CONTEI NÃO????
Biografias e biografados são o assunto do momento que põe em pauta a polêmica entre a liberdade de imprensa e o direito à privacidade. Esse tema dá panos pras mangas. Eu o considero um a moeda para se jogar cara ou coroa. O direito a liberdade de imprensa jamais deve ser negado, é inalienável. Em contrapartida, o direito à vida privada também o é. Já diz o mestre Gilberto Gil: "Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço" e isso é totalmente pessoal. Partindo daí, qualquer biografia deveria ser concedida e consultada. Afinal é a vida de um ser humano que ainda a está vivendo é dele e tem coisas que guardamos no sótão da memória. Se a obra for póstuma, a situação fica ainda mais delicada, cabendo a ascendentes e descendentes o questionamento ou não. Um biógrafo tem que ter em mente que seu livro não é uma sessão de terapia onde ele desnuda o seu biografado até as últimas consequências. A terapia é feita por vontade própria, pelo médico psicanalista ou psicólogo que obedece a regras claras de ética e sigilo. A obra biográfica, no frigir dos ovos, tem um fim comercial; vender livros. Cabe ao leitor estabelecer o que deseja ler, se fatos relevantes ou um mero alimento para a curiosidade mórbida que se tem de penetrar na intimidade de pessoas públicas. Quando era menina, os vilões eram as revistas em quadrinhos, depois a televisão e agora em tempos de espionagem digital, os conceitos vem ganhando cada vez mais elasticidade. a mídia digital estimula a curiosidade e o exibicionismo. Sobe Miley Cyrus e desce Madre Teresa de Calcutá. São tempos de mudanças drásticas. Nem vou aqui questionar mérito ou valor, mais duas palavrinhas mágicas quero deixar para reflexão: CONSENSO E CONCILIAÇÃO, bases para o respeito e o entendimento, seja em que contexto for.
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